Para estrear a coluna, comentarei sobre um dos melhores clipes de todos os tempos em minha opinião: Speed of Sound do Coldplay. Primeiramente, devemos falar sobre o diretor Mark Romanek que mais uma vez mostrou sua grande versatilidade (se examinarmos um de seus trabalhos anteriores que é “The Perfect Drug” de The Nine Inch Nails) e ainda assim, mesmo com uma mudança de estilo tão drástica ele demonstrou uma clarividência prodigiosa digna de um maestro conseguindo se adaptar à música como um camaleão na produção do clipe.
Examinando o aspecto técnico-físico, foi até de uma produção “barata”, pois o clipe inteiro é basicamente uma tela gigante colorida atrás da banda (mas como diz o ditado “tamanho não é documento” e muitos clipes mais produzidos não chegam aos pés de Speed of Sound). O clipe como se pode perceber vai progressivamente avançando junto com o arranjo musical (no início quando a música ainda está “calma” vê-se que começam apenas com silhuetas, mas quando dá o “baque” que entra no refrão a cena toda se ilumina como em um flash), dando guinadas de foco da câmera e a tela seguindo o arranjo lírico como, por exemplo, quando é dito o verso “Planets are moving at the speed of light” na qual a tela exibe imagens em um estilo Stardust, ou quando na hora do verso “Birds came flying from the underground” que ao fundo a tela se transforma em um céu em movimento. Enfim, são incontáveis exemplos.
É um clipe principalmente surrealista e com aspecto grandioso. De fato, uma masterpiece da sintonia perfeita entre a banda, Capitol Records e Mark Romanek.
Texto por Juliana D, do blog O Absurdo Nosso de Cada Dia.
0 comentários:
Postar um comentário