sábado, 5 de dezembro de 2009

Lady Gaga, Duquesa do Pop - por Wagner Ximenes

Lady GaGa seria a “nova” Madonna? Já que não se faz outra coisa a não ser compará-las vamos ao menos fazer isso direito. Aproveitando o gancho que é o seu novo álbum de inéditas “The Fame Monster”, vou fazer um apanhado básico sobre esse disco, da nova sensação do pop moderno.

Pretensões à parte, Lady GaGa, querendo ou não, merece o posto que vem conquistando de nova “princesa do pop”, que para mim um título desses soa infantil para quem é. Essa coisa de princesa faz o tipo da Britney, então vamos chamá-la de Duquesa do Pop. Bem melhor, não?! Até por que dois anos e uns quebrados não são suficientes para eleger novos titãs da música. Muito menos atualmente, em que o fantástico mundo da fama anda mais oscilante que montanha russa, e quem é Rei hoje pode ser mendigo amanhã. Mas sim, se Madonna estourasse hoje e tivesse que encarnar uma cantora atual, essa seria Lady GaGa, que lançou semana passada seu mais novo trabalho, “The Fame Monster, que originalmente deveria ser um disco extra de sua versão especial de “The Fame”, primeiro álbum de estúdio. “The Fame Monster” contém 8 faixas que superam as mais de 15 do seu debut, no conjunto da obra. Ai vai um pequeno apanhado de cada uma:

A primeira faixa, “Bad Romance”, já é hit e possui um vídeo digno da imagem que ela quer passar: fashion e freak, com elementos que tendenciam ao épico. Como a própria cantora afirmou que sua nova turnê foi feita para grandes públicos, essa canção cai como uma luva. O “Ôôôô” do início foi feito para ser cantado em coro. A música seguinte, “Alejandro”, eu considero como se “La Isla Bonita” da Madonna fosse composta nessa década, e também como a melhor música do disco. Possui uma intro de música clássica seguida dos sintetizadores e batidão pop. E os nomes latinos citados dão um “quê” de sensualidade na letra. A 3ª faixa que leva o nome do álbum, “Monster", pode soar um pouco genérica na primeira audição, mas a partir da segunda você percebe os elementos que GaGa sabe bem usar; repetição e refrão grudento, sem parecer massante. “Speechless” é uma balada romântica que tem pegada sessentista e não segue em nada a linha de músicas dançantes do CD; uma das melhores do álbum e provável single. “Dance in The Dark” lembra o synthpop dos anos 80 e remete bandas como Depeche Mode e Pet Shop Boys. Na letra Lady GaGa faz referências a Marilyn Monroe, Judy Garland, Sylvia Plath, A. Ramsey, Liberace e Princesa Diana. Todas tiveram mortes trágicas co-relacionadas com depressão, drogas, sexo e fama. “Telephone” tem participação mais que especial da Mulher do Ano (segundo a Billboard norte-americana), ninguém menos que a diva pop Beyoncé, ex-integrante do grupo pop feminino Destiny’s Child. Música feita para ser hit nas rádios e boates, com beats acelerados seguido de um refrão do tipo “Pare de me ligar! Eu não quero mais pensar, deixei minha cabeça e meu coração na pista de dança”. A penúltima faixa “So Happy Could I Die” é uma balada com sonoridade R&B e letra fofinha, “(Estou) Tão feliz que poderia morrer”. E fechando o álbum, com cara de EP, temos “Teeth” que é um pop mais experimental, com vocais que lembram algum ritual africano no fundo. Ela diz “Me dê uma mordida/Me mostre seus dentes!”. E encerra com a frase “Eu só preciso de um pouco de orientação”.

Esta foi uma resenha especial feita por Wagner Ximenes (Rockástico), do blog Falha no Carregamento.

1 comentários:

Anônimo disse...

Nem acho, eu acho que a lady gaga só fez sucesso porque chama a atenção e é novidade, quando todo mundo enjoar, vai sumir como a avril ou a aguilera ..

Postar um comentário

> <
 
 
© DiscoPops. All Rights Reserved. Powered by Blogger. Designed by Ouch! Themes