The Low Frequency in Stereo - Futuro (2009)

Se lembram na penúltima última resenha, mas precisamente na resenha do Audionom, que eu disse que na minha opinião as bandas nórdicas são as que mais vêm se destacando com discos maravilhosos? Pois então, aqui está mais uma prova. Futuro, o quarto disco de estúdio do Low Frequency in Stereo é mais uma prova concreta de que o rock nórdico está crescendo cada vez mais no cenário atual, com discos brilhantes.

Nessa resenha eu serei mais objetivo, e não vou enrolar muito pra dizer o que o disco significa para mim e etc. Vamos lá...

Futuro foi uma surpresa para mim em dois aspectos: O primeiro, é a imensidão de diferentíssimos estilos musicais que são misturados com uma incrível facilidade ao longo do disco. O segundo, é que na maioria das músicas, todos os integrantes da banda revezam os vocais, criando uma verdadeira e belíssima orquestração vocal. Mas quem toma conta do vocal principal, é uma mulher, e como eu já disse uma vez, eu não ligo muito para mulheres no vocal. Mas com o The Low Frequence in Stereo foi diferente, porque além da voz magnífica que Hanne Andersen possui, a forma com que a voz é orquestrada aos outros vocalistas e a forma como flui através dos belos arranjos de guitarra, bateria e órgãos, fazem com que essa banda e esse disco principalmente sejam especiais.

A banda faz referência à diversos estilos músicas, como por exemplo o Krautrock, que influencia praticamente toda a região nórdica; o psicodelismo, que é produzido com pequenos pontos de sintetizadores, mas principalmente pelas guitarras bem orquestradas da banda. Mas além dessas referências, existem duas que me chamaram a atenção ao extremo, porque havia tempos que eu não via uma banda usar esse tipo de som em suas canções, e mesmo que usasse, não o dominava com tanta facilidade e experiência. Estou falando do groove e do free-jazz. Eu logo de cara, quando ouvi a primeira música do álbum fiquei impressionado pela forma como a banda domina esses estilos. A faixa do disco em que mais é perceptível esse tipo de som é a primeirona Turnpike, canção que aumenta a curiosidade de qualquer ouvinte à respeito do que está por vir. Mt. Pinatubo é talvez a canção mais bem trabalhada, desenvolvida ao longo de sua extensão e orquestrada. Os instrumentos se entrelaçam de uma forma brilhante, criando uma atmosfera irresistível com incríveis arranjos de guitarra, pianos, e sintetizadores, que dão o toque psicodélico à música. Mas a faixa que resume o disco inteiro, e que esbalda toda a criatividade e experiência da banda é a incrível Solar System, última faixa do disco com incríveis nove minutos. Essa canção dá o final perfeito ao disco, o verdadeiro toque final, e deixa em nós um gostinho de "quero mais".

A banda soa em algumas canções como Geordie La Forge, parecida com um Stereolab fazendo música kraut. Mas ao mesmo tempo soa única, incomparável. O som da banda, se rotulado, seria algo próximo de um eletro-jazz experimental com um requinte de pop contemporâneo.

Futuro talvez seja (de fato, é) o perfeito nome para este incrível quarto disco da banda. Com essa pérola, a banda assina um grande futuro que à espera. E quando esse futuro de fato se realizar, eu estarei aqui mais uma vez para contar a história.

The Low Frequency in Stereo - Futuro (2009)

01 - Turnpike

02 - Texas Fox

03 - Geordie La Forge

04 - Mt. Pinatubo

05 - Starstruck

06 - Sparkle Drive

07 - The End is The End

08 - Solar System

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