terça-feira, 15 de setembro de 2009

Dicas do Gus: Sufjan Stevens - The BQE (2009)

Conheci Sufjan Stevens através de uma música chamada To Be Alone With You, que encontrei nos soundtracks de The O.C. Mix 4. Foi aquele amor à primeira vista!

Pesquisei mais sobre o cantor e pensei quando finalmente vi uma foto sua; "que homem lindo!" HAHA, elogios á parte, fiz mais que isso, baixei sua discografia e, numa audição, descobri que não havia nenhuma outra canção semelhante á To Be Alone With You e sim um monte de musiquinhas orquestradas e até..."exóticas", de certa forma.

E agora, com esse novo trabalho, The BQE, creio que minhas frustrações a respeito de Stevens só aumentaram. Daí me pergunto; porque será que, alguém com uma voz tão linda e uma criatividade fantástica lança algo tão instrumental assim?

Pelo que pude constatar, em todas as 13 faixas do álbum, o que se pode ouvir é apenas orquestração. Em nenhum momento se faz ouvir a voz transcendental do cantor, o que é uma pena também pela sensação de tempo perdido pela tão ansiosa espera por um novo trabalho.

E agora, dando continuidade a essa carta de desabafo, eu ainda me pergunto o quê Sufjan Stevens tinha na cabeça ao executar esse novo álbum? Será que ele estava com preguiça de cantar e resolveu encher um disco todo com esses sons chatos de música instrumental? Pois confesso que uma das coisas que não me agradam na música, além de vocais femininos (com exceções, claro) é justamente a música instrumental. Não sei se é porquê sinto um imenso tédio e vazio em ter que ficar ouvindo, digamos, uma "música em branco" sem uma voz para preenchê-la ou se é porquê já fui um fã devotado do gênero e enjoei, mas realmente, o Sr. Stevens me decepcionou... e muito!

Quanto á capa do álbum, a começar pelas letras, digníssimo trabalho de uma criança de 3ª série e seus rabiscos quase indecifráveis (é o que parece) passando para a imagem, que não sei se acho muito cafona e sem graça ou se transpira algo de moderno até, mas o que importa é que nem na imagem de apresentação o álbum conseguiu fixar minha atenção.

Indo diretamente ás músicas, eu diria que de jeito nenhum é um trabalho de Sufjan Stevens e sim algum projeto do cantor e compositor Danny Elfman, que eu admiro bastante justamente por ser Danny Elfman! Sim, a semelhança é gigantesca! E numa análise aos nomes das canções, tudo indica ser um álbum conceitual, talvez a descrição de uma jornada, por que não? Só para citar algumas, eu diria que 'Introductory Fanfare For The Hooper Heroes' e ' Movement V- Self-Organizing Emergent Patterns' poderiam muito bem dar início á qualquer animação da Disney daquelas tipo A Bug's Life ou Toy Story. ' Interlude I- Dream Sequence In Subi Circumnavigation', por exemplo, é digna da trilha sonora de algum filme obscuro de Tim Burton (que eu amo tanto!) e se encaixaria perfeitamente em seu mais recente trabalho, Alice in Wonderland e, só para citar mais uma; 'Movement IV- Traffic Shock' poderia ser chamada de dançante? até que um remix dela para uma pista de dança não seria de todo ruim.

Conclusão: se você é daqueles apaixonados por música instrumental com todas aquelas orquestrações e sonzinhos típicos, o The BQE será um prato cheio. E sim, é um bom álbum, beira a perfeição até, mas dentro daquilo a que se propõe a fazer. No mais, Sufjan Stevens para mim, será sempre o homem de uma música só e, podem apostar, não passará disso.


1 comentários:

Sergio disse...

Meu Deus!... Perdoe a intromissão, mas não foi possível ausentar-me de comentar. Quanta coragem também! Em se tratando de um projeto multimídia, que nunca, sequer em 1º tratamento da idéia, se propôs ser música vocalizada de fácil degustação, para fans mais afeitos tanto a Balas Juquinha, como Nhabentas da Kopenhagen.

Esse pode ser o maior problema de apenas baixar discos sem pesquisa prévia. De qualquer maneira, (ó o lado bom!) sempre será melhor saber. Saber, o mínimo que seja, é o primeiro passo. Aqui soube-se de um álbum, nada mais.

Como frisei, houve coragem em sua resenha e isso é importante. Mas definitivamente, está nos autos do processo, esse disco está quilômetros de distância da esquina de uma franquia C&A com a uma nova da McDonald’s (Do Ronald) Music Corporation.

Em tempo: o rapaz da foto é bonitinho mesmo, quem é, você? Parabéns!

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