sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Dicas do Gus: The Mary Onettes - Islands (2009)

O The Mary Onettes é pouco conhecido no Brasil, infelizmente. Talvez por ter um nome um pouco complicado para a maioria, ou talvez por fazer um som não tão conhecido e apreciado por aqui - uma mistura de indie/dream pop -, essa banda tenha ficado restrita a uns poucos e devotos fãs a exemplo deste que vos fala.

Desde o debut homônimo (2007) desse quarteto sueco, que emplacou preciosíssimas canções como Pleasure Songs, Lost e Void, nunca mais encontrei nada que fosse tão bom quanto. Mas para o bem de todos, eles voltaram com esse fantástico segundo álbum, Islands. A melancolia e profundidade das canç
ões continuam, mas não tão excessivamente como em seu debut e não menos admiráveis onde, numa primeira audição, já é possível constatar um genuíno amadurecimento instrumental.

Sem palavras... É como você fica depois de se deleitar com cada faixa de Islands. Tudo é meio ensolarado, o chão que você pisa torna-se algodão, tudo é sonho e desse sonho você deseja nunca mais acordar. Cada n
ota, cada letra e melodia são cativantes e desde então você pode vislumbrar o céu. Esta é a melhor descrição para este novo álbum. Mal a bolacha começa a tocar e logo de cara somos apresentados á 'Puzzles', primeiro single liberado pela Labrador Records antes do lançamento oficial. Começa com umas batidinhas lentas que depois, gradadativamete vão ganhando animação até chegar numa quase balada, bem adocicada.

A próxima faixa é a conhecida 'Dare', que juntamente com 'Kic
ks' e 'God Knows I Had Plans', foram lançadas em um EP ainda nesse ano. 'Once I Was Pretty' é uma típica composição do The Mary Onettes, e logo depois 'Cry For Love' começa meio obscura até receber um pouco de luz. A nostálgica 'The Disappearance of My Youth' refere-se ao fim da juventude de alguém e não deixa de soar aquela tristeza típica da banda. 'Symmetry' é a mais "agitada" do álbum juntamente com a não menos urgente 'Century'. Por fim, quando você pensa que já conhece a banda, é a vez da bela 'Whatever Saves Me' dar o ar da graça até o encontro com a melhor faixa do álbum, a literalmente divina 'Bricks', dona de um refrão matador.

É por essas e outras que o The Mary Onettes é uma das bandas que associam com perfeição o indie pop atual com, pelo menos, trinta anos de história musical. Uma colcha de retalhos bem tecida e que emociona como há muito tempo não se fazia. Um som que faz jus às melhores bandas do cenário musical da atualidade.



Esta foi uma dica de Gustavo M, do blog Life is a Song.

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