domingo, 27 de dezembro de 2009

Resenha de Bolso: The Flaming Lips - The Dark Side of The Moon (2009)

Para quem assim como eu não gostou da investida precoce e impaciente do Flaming Lips no experimentalismo que triunfou no Embryonic, eis que surge uma obra que, mesmo sendo uma das várias reinterpretações deste clássico máximo da música mundial, mostrou que com um pouco mais de paciência e tempo, o domínio das técnicas da música experimental e quem sabe até do noise rock se tornariam muito mais presentes e o produto final ficaria bem mais profissional e mais bem acabado, o que ao meu ver não aconteceu no Embryonic.

O fato é: Se você espera grandes semelhanças com o verdadeiro Dark Side of The Moon além da parte lírica obviamente, já pode ir se decepcionando. Com raras excessões, até o ritmo original da maioria das músicas foi distorcido, e a única coisa que fica de genial mesmo no produto final é só o lirismo de David Gilmour, Roger Waters, Richard Wright, e Nick Mason - que nós já conhecemos muito bem.

O disco em termos sintéticos está muitíssimo bem recheado com efeitos tão psicodélicos quanto os do disco original, como por exemplo na regravação de On the Run, que é a canção mais viajante e talvez a que mais lembre a verdadeira; junto com The Great Gig in the Sky, que para deixá-la o mais perto da original foi necessário um belo de um vocoder para só assim elevar a voz de Wayne Coyne o mais perto possível dos belos vocais de Clare Torry; Money, que tem o mesmo riff da canção original, mas que mesmo assim ganha meu título de canção mais sem graça do disco; e Us and Them, que tem praticamente a mesma ambientação da original porém é excessivamente calma a repetitiva - mesmo assim não deixa de ser bela.

Como todos sabemos, O Dark Side of the Moon nas mãos do Pink Floyd se tornou um clássico incomparável e até hoje continua vendendo milhões e milhões de discos por ano; porém nas mãos do Flaming Lips, ele infelizmente não alcançou este patamar - é mesmo? -, mas não é nem um pouco descartável. Pelo contrário, há muito o que considerar.

É em suma um disco bom. A questão é que a parte instrumental do disco não caminha de acordo com os temas líricos explorados no disco verdadeiro. É como uma banda de heavy metal cantar pagode; os dois pólos - letras e instrumentos - não caminham juntos. Tirando isso, que já era de se esperar pois estamos falado de Flaming Lips, o disco foi bem acabado e é uma grande festa bem à la Flaming Lips. Teve sintetizadores bem colocados e a masterização está perto da perfeição. Mesmo sendo um cover, eles fizeram a música do jeito deles - e é isso e nada mais que importa afinal de contas.

Link para download nos comentários.

2 comentários:

Anônimo disse...

Download (320kbps): http: //www .megaupload. com/ ?d=9UE8NXH9

Marcos Xi disse...

anualmente, DArk Side do Pink Floyd vende 250 mil cópias, chegando a uma marca histórica de mais de 25 milhões de cópias vendidas.

Eu tenho em vinil da primeira prensagem.

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