segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Revival: Led Zeppelin - Led Zeppelin IV (1971)

POSTADO POR MANOELA MARANDINO - 20/09/2010

Silêncio. Você escuta as primeiras notas e reconhece a música logo de primeira. "É Stairway to Heaven!", você diz. Quantas vezes essa cena já se repetiu ao longo dos anos? Impossível dizer. "Stairway to Heaven", assim como outras tantas músicas do Led Zeppelin, são clássicos que não perderão sua magia, mesmo com o tempo os ameaçando da extinção nas playlists. E a grande maioria desses clássicos estão no disco que até hoje é a grande referência da banda: Led Zeppelin IV.

Todos conhecem (ou pelo menos deveriam) os incríveis integrantes da banda. Jimmy Page, com suas guitarras e solos lendários, John Bonham, considerado do por muitos o melhor baterista de todos os tempos, John Paul Jones e suas sensacionais linhas de baixo, e a voz insaciável e absurda de Robert Plant. Não é preciso uma grande introdução sobre a banda. Em 1968, na Inglaterra, os quatro integrantes formaram essa mistura explosiva, que resultaria em uma série de discos que influenciariam o mundo e o rock'n'roll de uma maneira nunca antes imaginada. E esse disco sobre o qual escrevo hoje é a principal de suas tão aclamadas obras.


Led Zeppelin IV na verdade não tem nenhum título. Por conta da sucessão de álbuns com nomes seguindo essa ordem (Led Zeppelin I, Led Zeppelin II e Led Zeppelin III), é geralmente chamado dessa maneira. Porém, algumas pessoas o chamam de Four Symbols ou somente "o quarto álbum do Led Zeppelin". Você deve estar se perguntando - mas por que "four symbols"? A resposta é simples: o disco tem como título real quatro símbolos, um para cada integrante da banda. O primeiro, "ZoSo", é de Jimmy Page, desenhado por ele mesmo e seu significado é desconhecido, porém acredita-se que tenha relação com alquimia e ocultismo. O segundo, de John Bonham, representa uma trindade familiar (mãe, pai e filho) e pode ser interpretada como uma bateria vista de cima, também. O terceiro símbolo, do baixista John Paul Jones, é um símbolo para confiança e competência, retirado de um antigo livro sobre runas. O último fica para o vocalista Robert Plant, representando verdade e justiça, envolta por um círculo impenetrável de vida.

O álbum já começa espetacular: "gonna make you sweat, gonna make you groove". "Black Dog", com os gemidos do vocalista, deixam qualquer um marcado e poderia facilmente ser classificada como uma das mais importantes músicas do rock'n'roll de todos os tempos. O disco segue com "Rock'n'Roll", outra conhecida e reconhecida na história do rock. "The Battle of Evermore", inspirada em contos célticos, faz a terceira faixa, com participação de Sandy Denny nos vocais e com o instrumental apenas de John Paul Jones no bandolim. Então vem a clássica, desnecesária de apresentação, "Stairway to Heaven". Você conhece essa melodia doce, sabe que conhece.


O lado B, as quatro últimas músicas, apesar de menos conhecidas, não são menos geniais. "Misty Mountain Hop", com seu ritmo quase inovador, e o trio "Four Sticks"/"Going to California"/"When the Levee Breaks" fecham o disco de maneira ideal, não deixando nada a desejar. Talvez somente mais músicas como estas.

O disco é lembrado até hoje como um dos melhores, senão o melhor, disco da banda. A legião de fãs do Led Zeppelin até hoje prova que a imortalidade de gênios como esses é um fato que nunca será ignorado. E que essas músicas sejam ouvidas pela eternidade, por todas as gerações, como demonstração, em meio a tantas coisas que somos obrigados a ouvir, de música de qualidade, de música boa. Arte.

Led Zeppelin - Led Zeppelin IV [1971]


Nota: 9,6

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